sábado, 4 de abril de 2015

A culpa será minha?

Tudo começou na quinta feira. 
Fui busca-lo à creche com o meu pai, tive que ir pagar a mensalidade, e como não o costumo ir buscar aproveitei para ter uma conversa com a educadora sobre o desenvolvimento dele. Ao virmos para casa, ele pediu para ir ver a praia, claro que o avó fez-lhe a vontade, fomos ao café da praia, ficamos na esplanada a ver o mar, a areia e os gatos, bebemos uma garrafa de água e descobri que ele sabe beber água por uma palhinha. Quando chegamos a casa, como ainda estava bom tempo fomos passear, mas quando chegamos novamente a casa, achei que ele estava muito quente e fui-lhe ver a febre, estava no limiar da febre, 38.5. Dei-lhe ben u ron e deixei-o brincar à vontade dele, quando chegou à hora de o ir deitar, estava praticamente nos 40, fui-me deitar com ele e fazer paninhos de água fria na testa ajudar a medicação a fazer efeito. A temperatura baixou e durante a noite não voltou a subir. 
Ontem de manhã, fui sair com ele, fomos às compras, aproveitei que a minha mãe saía de manhã do trabalho e fomos comprar fraldas e umas coisas para o novo quarto dele. Na vinda para casa comentei que ele me parecia novamente com febre, e ao chegar a casa vi que a febre tinha voltado, estava outra vez com 40 graus, comentei como os meus pais que não ia esperar pelo terceiro dia de febre e que ia à tarde para a urgência com ele, que se via, que lhe doía a engolir e que como tinha estado constipado que queria ir ver se estado tudo bem com os pulmões dele. Ouvi que não devia ter saído com ele de manhã, que ele não devia ter saído, mas como é que eu comprava o que precisava?! As coisas para o quarto logicamente não eram urgentes, mas ele precisava de fraldas, precisava de coisas para a casa... Os meus pais foram comigo para a urgência, todos os dias dou graças a Deus pelos pais que tenho. 
Chegamos ao hospital, não tinha muita gente, mas demoramos algum tempo a fazer a triagem, deram-nos pulseira laranja (a segunda mais urgente) e mandáramos para pediatria, quando lá chegamos já a enfermeira estava à nossa procura, voltou-lhe a medir a febre e perguntou-me se lhe tinha dado medicação à muito tempo, respondi-lhe que sim e perguntei-lhe se não seria melhor despi-lo para ajudar a baixar a febre, ela sorriu e disse-me que sim e que a medica já nos chamava. Despi-o e a medica chamo-nos, era nova e bastante simpática, disse-lhe que era o segundo dia de febre alta e que achava que lhe doía a garganta e que tinha estado constipado, ela fez-lhe o check up e confirmou o que eu já achava, tinha a garganta inflamada e tinha que fazer antibiótico, mas que os pulmões estavam bem. Falamos sobre os antibióticos, a lontra é alérgica ao clavamox e que seria sempre difícil tratar as infecções dele sem esse antibiótico. Passou um outro um pouco mais forte e foi pedir opinião aos colegas, todos concordaram que ele tinha que fazer um outro mais forte, aconselharam-me a voltar segunda feira se a febre alta continuasse. 
À noite já em casa a febre alta voltou, e nunca me senti tão mal, será que ele ficou pior por ter saído com ele de manhã?! Não dormi praticamente nada à noite, estive sempre a medir-lhe a febre e a fazer-lhe paninhos de água fria. Ele não tem febre desde as sete da manhã. 

De Janeiro a Abril












Ele fez dois anos, eu fiz vinte e dois anos e ele deu-me um ramo de flores, no meio de dezasseis corações vi logo qual era o meu, nem eu nem o pai dele gostamos de Carnaval, ele gosta, todos os dias pede-me para ver o Tayo no youtube, fui à casa de banho e quando voltei a sala estava naquele estado, as coisas caíram das caixas segundo a lontrinha, um vê o Tayo e outro joga na vita, ele adormeceu por segundos no carro.